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quinta-feira, 7 de julho de 2011

O canto do rouxinol.

Mas, se fosse ontem?
Quisera tanto que fosse ontem!

Esperei por tanto tempo ouvir a melodia do rouxinol, eu pedi... implorei em meio a lágrimas e soluços dolorosos, dor essa que me cortou, feriu e queimou em brasas minha alma.

Esperei...


E ontem, resolvi caminhar. Primeiramente com passos inseguros, suportando ainda o peso da agonia, da tristeza... e em cada pedrinha do caminho, um tropeço, um medo. Caminho, esse, de inicio, tão estreito! E por várias vezes parei, respirando fundo pra não sair correndo, pra não gritar por socorro. Logo adianta uma curva clariou meu caminho, passos mais firmes, respiração controlada, coração... pulsando.
Aquelas pedrinhas eu ja transpunha sorrindo, outras vieram e fui aprendendo a caminhar sózinha.
Ainda, muitas vezes, sentada a beira do caminho, esperava meu rouxinol, mas belo e orgulhoso, arrogante talvez, batia as asas e voava em poucos minutos todo aquele caminho árduo que eu tinha que seguir, por tantas vezes meu rouxinol zombou, apenas me calei. Limpava o suor da testa, talvez uma lágrima aqui ou acolá que fugisse dos meus olhos, olhava para o céu sentindo a força do vento a me guiar.

Meu rouxinol cantou, numa bela manhã de inverno, tipico da nossa região: céu limpido e vento gelado.

Então percebo que de tanto procurar pelo canto do rouxinol, achei maravilhas em meu caminho e caminhei!

Minha alma, enfim não dói, nem meu coração esta machucado e não há razão para lágrimas.

Procurei o canto do rouxinol e achei a mim mesma.

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