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sábado, 5 de outubro de 2013

... é assim...

Lembro-me do começo, do seu olhar sobre mim, do seu silêncio, do seu encanto, do seu mistério. Lembro-me das horas certas onde eu sentia seu olhar descarado a me observar em meio à multidão, era como se não houvesse mais ninguém, era como se o tempo tivesse parado e você brincasse sobre as ondas. Seu sorriso matreiro de menino... ... é assim nesse mar verde e límpido do teu olhar que me jogo, me afogo e me renasço. É no compasso do seu coração onde me debato me escondo e me guio nos meus passos incertos, porem diretos pra onde vou, pra onde desejo ir. O desejo faz combustão entre o corpo e a alma, se são corretos ou insanos tudo se perde na magia dos seus braços que me envolvem no abraço suave, apertando-me contra você, sugando um pouquinho de minha vida, lábios gulosos a sugar minha alma, o cheiro que se mistura... Meu eu e você... Tudo se confunde, hora, espaço, dia ou noite. E como se não bastasse nosso beijo, nosso abraço, nosso afago, o som de sua voz rouca vem brincar em meus ouvidos, seu sorriso sincero, sua gargalhada... Não há pra que mentir, não há mentiras... Apenas a satisfação de estar um com outro. Sua leveza de espírito me desarma e arma contra mim, buscando em você onde me perdi. E de novo seu abraço gostoso, o olhar dizendo-me: “vou te beijar!”... Sua boca gulosa... Vejo por segundos em teu olhar, explicito: “você é minha!” e o medo me faz recuar, mas suas mãos estão planadas em minhas costas, queimando, acelerando a corrente sanguínea... Não há como fugir de você, nem de mim e nem quero fugir de você, apenas de mim, me esconder no seu abraço, esperar pelo beijo é tudo que quero, sinto as barreiras desfazerem-se como pó quando sua boca toca a minha. Seu balanço, seu encanto, sua pele... Rendo-me enfim, sem amanhã, apenas hoje, apenas agora, apenas você!

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