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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Meu sobrado azul.

Moro aqui, no meu sobrado azul.
À noite, enfim, quando fecho as portas de Sohere, subindo as escadas me deparo com a lua, em suas diferentes formas. As vezes apressada, outras cansada, umas deprimidas e tbm as felizes, paro, por um instante a observa-la-(já ouvi dizerem que o encanto da lua se perdeu)-pena!
Respiro um momento, observo, admiro, me encanto. Sinto coração pleno, batento, pulsando a mil o sangue que esquenta meu corpo. Sei que me olha, "bora" tristonha...Mas eu sei que estou focada em vc e vc em mim. Não te questiono, não te incomodo, apenas nos acalentamos... o passado se foi, a ilusão acabou, o sonho se perdeu, mas o meu mundo construiu. Embora pedra sobre pedra.
"Baronesa" do meu céu.
Àdentro o meu sobrado azul e pela janela me sinto à procura de "Sherlock Holmes", pois diante de mim descortina a cidade com suas luzes e ruelas cravadas pela neblina de uma terra com montanhas e rios...
Quantas vezes escutei a mesma pergunta:" oque estou fazendo aqui?" E nunca obtive respostas.
Volto num passado feliz, me vejo em "casa", reconheço minha terra, o cheiro dela, minhas montanhas, o meu "eu"... me deparo com a tristeza... Meu "eu" se foi... Meu sangue... Minha vida e todos os meus sonhos! Desta vida nada se leva, e foi num dia desses que te enterrei!
"Me acho" no meu sobrado azul, divago os dias, meses, anos e me sinto só, embora feliz.
Olho as ruelas pequeninas, vejo sua beleza, sinto o coração amenizar a dor de outrora, embora eu não me ache.
E mesmo não me achando vou procurando, vou errando e acertando...

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