Caminhando nas ruelas noturnas, luzes amarelas, neblina baixa, lá vem ela cabisbaixa.
O som dos seus passos ecoam no vazio e ela ouve o bater do seu próprio coração, sua respiração lenta... prova, de, que, seus pensamentos estão vagueando por seu passado, sua vida.
O vento gélido, sopra os cabelos longos, negros, soltos que brincam em sua face de pele alva, contraste perfeito com seus lábios vermelhos. O vestido esbarra em seus pés, dançam sobre o perfeito corpo de mulher...
Passos!
Apesar de seu estado de nostalgia, seus ouvidos identificam o som de passos lentos, porém firmes em sua direção e no fundo da neblina ela vê um vulto masculino que começa a se destacar.
Percebe num instante que esta só, numa ruela mal iluminada e prende a respiração por segundos...
Um delicado corpo feminino, pequenino e frágil surge em meio a neblina. A graciosidade do andar chama sua atenção, os cabelos negros brigam com o vento, o som dos sapatos batem no chão na mesma definição e compasso que o seu coração.
Seus olhos negros, perspicazes, tentam decifrar o rosto do belo corpo.
Dois passos.
Ela mantinha a cabeça baixa, olhando as mãos soltas ao corpo... "Levanta a cabeça"... Por certo, falou, pois o rosto angelical o encarou.
Ele parou, a dois passos, congelando seu corpo, queimando suas veias, estarrecido com tamanha beleza. A pele alva, compunha um conjunto perfeito, um rosto oval, nariz arrebitado, encrenqueiro... sorriu ao pensar na hipótese, as maçãs do rosto coradas, a boca vermelha, os olhos o confundiam... ou negros, ou verdes, sob cílios longos e negros. Linda!
Parada a dois passos do homem, sentia medo, frio, calor, arrepios... Mas, como não observa-lo?
Envolto numa capa negra, ela pouco podia ver... Sim, era alto, ombros largos, magro, pele morena, mãos enormes. Um rosto distinto, mas um olhar aterrizador, olhos negros, lábios finos e firmes, queixo quadrado impunha arrogância, assim como a testa e o nariz reto.
Ande!
Ela ordenava a si mesma sem mérito algum, forças que ela desconhecia, faziam-na ficar parada, inerte diante do estranho a olha-la com um leve sorriso nos lábios.
Ele podia sentir o medo naquele olhar confuso, via os lábios trêmulos e não entendia por que ela continua parada, via em todas as mensagens do corpo dela a vontade de sair em disparada... Mas, ele também não conseguia sair do lugar, seu corpo não respondia aos comandos do cérebro ou seria o contrário?
Toda aquela neblina a envolve-los... parecia tão normal, ficar ali parado em frente aquela estranha. Relaxou os músculos que o fizeram ficar tenso e com um levantar de sobrancelhas, percebeu que a estranha também relaxava.
O estranho era achar normal estar parada diante do homem, como se observasse um quadro num museu... E um lindo quadro!
Percebeu ele arquear as sobrancelhas... grossas, negras e bem delineadas para um homem.
Sim, era absurdo, mas ela estava encantada com o estranho a sua frente.
Seria um sonho?
Ela acordaria em poucos minutos?
...
Eis uma menina-mulher, em busca de seu amor!
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
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ResponderExcluirMinha Luria de volta! Estava com saudades das tuas letras, dos teus sentimentos...estava com saudades de mim...rs
Amarela, não sei porque raios para de escrever.
Seja bem vinda ao mundo dos "vivos"...não esquece:AMO!!!
V.
Prezado companheiro do mundo virtual. Estou aqui para compartilhar um mimo que ganhei do amigo RioSul do blog Ô Trocyn Bão. Fui indicada por ele ao SELO DARDOS e a mim, foi confiada a difícil tarefa de compartilha-lo com outros amigos. Por esse motivo, estou aqui para dizer que está disponível no blog. Lhe convido a participar dessa “onda”, se voce for do seu interesse, é claro!
ResponderExcluirDesejo uma boa semana e um brinde a todos os navegantes que proporcionam a disseminação da cultura.
Bjão V.
Ola minha Choco, bom saber q gostou.
ResponderExcluirNa realidade tbm gostei, hehehe...
Bjo, amo de coração.
Sohere.