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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Soneto de Fidelidade
 De tudo ao meu amor serei atento
 Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
 Que mesmo em face do maior encanto
 Dele se encante mais meu pensamento.

 Quero vivê-lo em cada vão momento
 E em seu louvor hei de espalhar meu canto
 E rir meu riso e derramar meu pranto
 Ao seu pesar ou seu contentamento.

 E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
 Quem sabe a solidão, fim de quem ama
 Eu possa me dizer do amor (que tive):
 Que não seja imortal, posto que é chama
 Mas que seja infinito enquanto dure.
 Vinicius de Moraes

E que nessa sabedoria ecoe mil tambores e que seja de amor, todos os ritmos embalados na mesma dança!

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