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segunda-feira, 20 de julho de 2009

A semente da semente.


Ao amor que espera a noticia da minha chegada.

Embora a distância ainda seja grande, viajo e percorro as estradas, de dia, de noite, no sol, na chuva, no frio, na tempestade que surgiu, em vezes de luxúria, pôr do sol bruxuleantes, onde o vento acaricia a pele, sopra os cabelos, e ainda assim, mais uma curva, uma subida, outra descida esta por vir. Vidas que cruzam, faróis e carros em direção opostas ou posta a minha frente ou eu correndo "só mais um pouquinho."

Escuridão ou dia de sol, a liberdade em minhas mãos... Liberdade do vento?

Liberdade pelo amor que me espera?

Cruel as vezes são os pensamentos a surgir, imagens do passado, frases que se perderam diante da fúria do poder do vento, frases que me embalam a alma... Poesias destruidas, poetas que se perderam amendrontados em sua dor... Quem não chorou, sofreu ou sorriu é por que com certeza não nasceu.

O futuro incerto logo ali adiante, estranhamente é a sensação de paz em meu ser. Talvez ja passei pela mesma curva a vários minutos e num estado latégico, percorro ainda na mesma busca a hora da chegada... Meu amor me espera?

Quantos amores deixei por ti?

Esta caminhada até você foi fácil?

Inumeras vezes sorrindo eu chorei, buscando me achei, correndo eu vislumbrei os anjos que deixei.

Amor homem, mulher. Amor carnal. Amor pecador.

E quem de nós não amou?

Por isso, por tudo ou amnhã talvez por nada... Impulsiono-me nesta estrada, cada dia mais e mais a espera de um caminho, de um fim, de um chão, onde enfim, respire.

Terra amada!

Vejo-te de longe, sinto sua presença a se entranhar em minhas forças, revigoro o sangue com a mesma cor que te busco, o vermelho desta terra tem o mesmo tom do sangue que corre em minhas veias.

Terra que me viu nascer e por assim crescer, terra de mil amores, terra de fortunas incalculáveis, fortunas que dinheiro nenhum pode comprar... Estou aqui em seu meio, em seu seio, mais uma vez e quantas e quantas assim eu desejar.

É quando me despeço pra de novo partir que sinto a minha dor doar-se a sua dor.

Novamente a estrada que me leva ao meu amor, por tantas e tantas vezes me pergunto: O sol vai brilhar ou a escuridão vai surgir?

Viajo no destino sem destino certo, corro um pouco além do permitido, penso se um dia sentirei realmente que também esta nesta ida, volto pra casa ou pro mundo.

Meu amor esta a me esperar?

Ou quando chegar vou ver de novo a incerteza no seu olhar?

Você realmente entende quando digo que tenho que partir ou apenas espera a tempestade certa pra poder me atingir?

Palavras, palavras, palavras... Um ato sem pensar ou realmente a verdade que esconde no seu mais intimo "eu"?

E, onde esta minha terra?

Esta triste a chorar, pois sabe a tristeza que deposito em você no meu mais simples olhar.

Tem a capacidade de sentir a dor, a aflição, o medo, a saudade, o amor da filha que partiu, que por você existiu.

Terra, divina e fresca, sempre pronta a me receber, seu cheiro levo em minha lembrança até o dia que aqui regressar.

Volto pro lar sem ter você junto a mim, mas em meu sangue. Volto por essas estradas, percorrendo os sonhos, rindo dos momentos, correndo te encontrar... Na garganta ainda a frase...

Meu amor esta a me esperar?

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