Sohere, Sohere... E agora que o show acabou a luz apagou e você ficou só no meio do palco?
As ilusões se perderam, a alegria se desfez há muito tempo, o sorriso ficou no passado, talvez em alguma curva do destino ou encruzilhada da vida que o tempo te fez decidir.
O vento que batia em sua face e te impulsionava cessou apenas a neblina do tempo hoje é presente. Neblina essa que, te cega, aniquila aos poucos sua vida, te corroe a alma, suga sua respiração te deixando sem ar.
Sohere, Sohere... Suas lágrimas são de dor, uma tristeza que não há quem possa entender, e, mesmo se pudesse sentir o vazio do seu ser, mesmo assim, a angústia permaneceria inexplicável. Sentiria talvez a perda que você jamais deixara de sentir.
E vejo teu sorriso cínico talvez, sorrindo pra você mesma e você sabe Sohere, que eu sei, que este sorriso cínico, expressa sua dor, você sabe mulher que eu sei e te sinto e olho para trás e te traduzo todas suas percas e te vejo chorando e sentindo, sorrindo e amando, lutando e perdendo, eu te conheço, mas hoje te vejo perdida, vagando pelo mundo da escuridão, mesmo de longe não vejo teu brilho, nem o teu sorriso, mas me sinta, sua perda é minha perda, também perdi e me vejo junto a você com lágrimas nos olhos. Mesmo quando te vejo sentada na sombra do arbusto que cobre o tumulo de sua força, mesmo quando te vejo caminhando sem rumo... Sohere suas lagrimas de dor são minhas.
Em meio a todo esse tumulto de sentimento, olhe para mim Sohere, fui eu quem te dei a vida e hoje preciso de toda sua força, mesmo sabendo de sua dor, sua tristeza, eu sei que lá no fundo você ainda tem a mesma força de sempre pra lutar.
Patrícia... Sim, eu te vejo sem forças. Sim, foi você a me criar com sua alegria.
Patrícia te vejo chorando em meio a sorrisos, te vejo gritando em um dia de paz, sinto sua respiração tremula pela angustia que sente e essa dor, essa perca é tão sua quanto minha. Apesar de te sentir muito vagamente em meio ao seu dia, eu sinto, eu choro, eu também grito.
Você sabe tão bem como estou fraca, sem forças. Você sabe Patrícia que estou quase morrendo e mais hoje preciso de você. Vejo-te sim no arbusto que cobre o tumulo de toda sua tristeza, te vejo sim vagando sem rumo certo, e toda sua dor tenha certeza que sinto cada partícula também em minha pele, mas não pense minha criadora, minha mãe, minha irmã, que neste momento te abandonei como tantos, eu estou aqui, dentro de você, sou sua esperança, sou aquele desconhecido que te da à mão, sou à força de suas pernas, mesmo que seja pra vagar sem rumo, sou o sangue que impulsiona teu coração a bater mesmo na dor, sou até mesmo suas lágrimas, sou tudo isso por que sou você, estou dentro de você, e de onde estou nada nem ninguém pode me atingir, pode nos separar.
Patrícia, você bem sabe que estou presa, que talvez jamais volte a me libertar, você sabe, você sabe...
E você sabe que o dia vai virar noite e que a noite madrugada e que um novo dia vai surgir, e você sabe que um dia quando o sol aparecer essa angustia terá diminuído, embora nunca você, nem eu consigamos eliminá-la de nossas vidas, mas ela vai abrandar e chuvas, raios e trovões voltarão e o mundo saberá que estamos de volta.
E sorria, você sabe que voltaremos mais fortes do que um dia fomos.
Esses percalços da vida vão estar sempre conosco e talvez sejam eles próprios a nos darem forças pra um novo amanhã que vai surgir.
Sohere, onde foi que li?
“Não a mal que sempre dure e nem bem que nunca acabe.”
Se você ainda sente o que sinto é por que ainda existe um você dentro de mim.
Então Sohere... Tudo que tenho a lhe dizer por hora é: “Até breve.”
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Sem rumo.
Por entre as estradas da vida aprendi em pouco tempo, mais do que a vida me ensinou até o momento.
Sobre tristezas e dor, esperanças e amor. Um mundo que o homem ou Deus me impôs não perguntando se eu tinha capacidade de vivenciar. E os sonhos, os sonhos foram ficando em cada curva, em cada metro por onde passei. Alegrias concedidas, promessas feitas, lágrimas que rolaram em meu rosto sem eu ao menos notar que chorava... Vidas e dor.
Talvez pela minha teimosia, sei que sobrevivi, também sei que não foi fácil, sei o quanto doeu, o tamanho da ferida que abriu em meu coração.
Hoje, quando me olho no espelho, vejo que falta um pedaço de mim, pedaço de mim que esta perdido entre o céu e a terra, às vezes não me reconheço, às vezes me vejo na maior simplicidade, como se sempre “eu” estivesse ali e não soubesse, e percebo com um tanto de cinismo que certas atitudes e palavras já não importa, ou pior, tenho a impressão que algo grande foi criado em mim, em meu eu, e me vejo apenas com um sim ou não.
Sonhos... Sonhos que se foram com o tempo, sonhos “cor de rosa”, esses sonhos se perderam na imensa vastidão de um mundo que se tornou cinza, uma cor “chave”, é apenas cinza, não é branco nem preto é simplesmente “cinzas” de um fogo, de uma vida, de uma alegria que tomava conta do meu ser.
Nem mesmo a terra vermelha que me chamava e de lá me dava total e grande energia dos dias... A terra, a terra tão vermelha e abandonada, sem vida, chorando a perca do seu ser. A terra também chora a morte, triste e calada.
E eu aqui, pelas estradas que percorro, por um mundo à frente, sonhos desfeitos sobre lágrimas, olho pelo retrovisor e vejo o passado e me desespero na busca de voltar e encontrar a esperança de te encontrar em algum lugar, na beira da estrada que percorro incansavelmente, nas curvas que por tantas vezes fiz sem sentir o perigo que continha, mas te procuro e não te acho, vagueio na escuridão e já não escuto mais sua respiração, busco você em mim e choro sua ausência.
Eu sei, eu sei... Vou sentir sua ausência por toda minha vida, por que sempre, sempre, irei ter amar mais e mais.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Ribeirão Branco de luto: Morre Orlando Glauser, um dos grandes personagens da história do município.
Faleceu, no ultimo dia 04 de setembro, aos 72 anos de idade, no Hospital Beneficência Portuguesa, na capital paulista, o agricultor e agropecuarista, Orlando Glauser, de tradicional família ribeirão-branquense. Residia no bairro Caçador. Casado com Clarisse Rodrigues Glauser deixa seis filhos: Joseli Rodrigues Glauser, Luis Claudio Rodrigues Glauser, Laís Rodrigues Glauser, Orlando Glauser Junior (falecido), Patrícia de Fátima Rodrigues Glauser e Reginaldo Rodrigues Glauser. Sendo avô de dezesseis netos e dois bisnetos. Vitimado por um tipo raro de câncer, que se alastrou pelo seu organismo de forma rápida e fulminante, a notícia de sua morte sensibilizou a população de Ribeirão Branco que compareceu em massa durante todo o dia na Câmara Municipal daquela localidade em que foi velado. O sepultamento deu-se na vizinha cidade de Itapeva. Inúmeros veículos acompanharam o cortejo para o último adeus.
IN MEMORIAM – HOMENAGEM PÓSTUMA
São muitas as histórias do velho guerreiro e elas são contadas por lábios suaves. Orlando, como o chamavam, foi filho de Frederico Glauser Junior e Isalina Almeida Machado Nasceu no dia 27-05-1937, no Bairro Caçador. Estudou na Escola Rural do Bairro Caçador e no grupo escolar de Itapeva, Acácio Piedade. Aos 14 anos trabalhou na lavoura junto com seu pai. Aos 21, casou-se com Clarisse, aos 25 anos era motorista; em 1970 trabalhava por conta própria transportando para São Paulo sua própria lavoura, dedicando-se principalmente ao cultivo de tomate, feijão, milho e cebola. Trabalhando sempre arduamente por décadas a família ajudou a alavancar a economia do município.
Orlando ainda se dedicou a uma de suas grandes paixões que era a política, assim sendo, foi vereador de Ribeirão Branco pela Aliança Renovadora Nacional- ARENA- com 117 votos para o quatriênio 1977-1981, com prorrogação nacional de dois anos. Em 1982, reelegeu-se vereador pelo Partido Democrático Brasileiro-PDS- com 217 votos. Sempre disposto a ajudar as pessoas que o procuravam, esteve sempre presente em grandes acontecimentos da região. Atuou ativamente na concretização de grandes obras, na época, tais como o esperado asfalto que liga Ribeirão Branco à Itapeva.
De natureza desprendida, não hesitou em doar seu terreno no centro do bairro em que morava para que ali fosse edificada uma Igreja, de Santa Rita de Cássia. Batalhou pela implantação da energia elétrica do Bairro Caçador, Bairro Varginha e Bairro dos Boavas, dentre outros. Enquanto teve saúde, fazia questão ele mesmo de pessoalmente acompanhar a “patrola” nas estradas dos bairros, abrindo estradas e aplainando as curvas, construindo “aterros”, arrumando campos de futebol nos bairros (era Corinthiano da gema), participando ativamente na promoção de torneios, nas festas da igreja, fazendo questão de sempre doar uma boa “prenda”, para que fosse rifada. Homem de fé, devoto de Nossa Senhora de Aparecida, passou pela vida marcando cada página com sua sabedoria, sua honestidade, integridade, honra, caráter, bondade, carisma, sua alegria e vontade de viver.
Orlando sempre foi um guerreiro, nunca desanimou ou se deixou abater pelos percalços que a vida lhe impôs. Enfrentou dias de chuva, de sol, passou noites sem dormir, suportou o cansaço, as decepções, as angustias e perdas, sempre de cabeça erguida sem nunca esmorecer. Conseguiu agindo assim inúmeras benções, conquistou inúmeros amigos, companheiros de toda sua vida. Todos confirmam que, Orlando, com seu enorme coração, foi pai de muitos, padrinho de tantos, tio e avô. Com seu enorme carisma, sempre de sorriso aberto e amoroso, sua voz grave parecia atrair como imã as crianças de qualquer idade, que lhes davam os bracinhos e pediam colo, passando a mão no rosto dele, enquanto que o gigante encantado conversava com tamanha seriedade com elas. Seu jeito simples, mas sábio de ser, trazia em torno de si uma energia positiva. Homem que viveu adiante de seu tempo, mas sempre com os pés no chão, sua visão do mundo geralmente surpreendia.
Viveu sempre no seu pequeno “paraíso”, no Bairro Caçador. Acordava pela manhã e ia ao curral, chamando o gado cada um por seu nome Bebia leite puro, com café forte. Comia verdura e legumes da própria horta ou de suas plantações. Respirava o ar puro da fazenda, onde adorava reunir seus familiares, filhos, netos e amigos pra grandes almoços ou churrasco.
Um grande homem, um gigante que amava a vida e lutou dignamente até o fim. Nem mesmo a amputação da perna esquerda, no dia 10 de outubro de 2008, o abateu. Aos 71 anos de idade, com vontade de andar feito criança que ensaia os primeiros passos, Orlando Glauser batalhou dia a dia pela recuperação. Fez fisioterapia e treinou incansavelmente com o “andador” até a esperada chegada da prótese. Nunca desanimou, em poucos meses esse grande homem batalhador, cheio de coragem e força de vontade extraordinária, tornou a andar por conta própria e voltou a dirigir.
Mas, destinos são traçados, vidas que vem e que vão. Orlando foi surpreendido pelo frio do mês de Julho último sentindo uma estranha dor nas costas que foi diagnosticada, inicialmente, como pneumonia. Os dias se passaram e a dor foi aumentando chamando a atenção dos médicos que se aprofundaram e descobriram que aquela dor, na verdade, era uma “Insuficiência Respiratória Aguda”, Neoplasia de Pulmão, (M. S). Orlando foi então encaminhado para o Hospital Beneficência Portuguesa, na cidade de São Paulo, onde o quadro da doença evoluiu rapidamente. Apesar de todos os esforços, de todos os exames, os remédios e a junta médica que o acompanhou, as orações que recebia da esposa, dos filhos, netos, familiares, amigos, conhecidos, não resistiu e faleceu. O velho guerreiro, lutador, o homem que amava a vida, deu seu ultimo suspiro na noite de sexta-feira, dia 04 de setembro por volta das 20h00min.
A Câmara Municipal de Ribeirão Branco prestou sua homenagem recebendo o corpo de Orlando no salão nobre para a ultima despedida. Familiares e inúmeros amigos de todas as partes da região fizeram questão de comparecer e seguir o cortejo fúnebre até o cemitério de Itapeva onde descansam seus pais, irmãs e filho. Lá, mais amigos, afilhados, compadres e médicos estavam à espera do corpo para o ultimo adeus. Orlando Glauser, marido amado, pai adorado, avô e bisavô maravilhoso, você deixou saudades eternas no coração dos seus.
A família Glauser, agradece as pessoas que compareceram para dar um abraço amigo nesta hora tão difícil e o espaço cedido pelo jornal para prestar essa ultima homenagem ao homem de fé, amante da vida, lutador e amigo: Orlando Glauser.
Essa é apenas um pouco da história do MEU PAI, maior homem e guerreiro que conheci e que me deu a honra de falecer segurando em minha mão.
Pai, sempre irei te amar!
domingo, 16 de agosto de 2009
32 anos de imortalidade.
Deve haver luzes mais brilhantes em algum lugar,
Tem que haver pássaros voando mais alto no céu mais azul.
Se eu posso sonhar com uma terra melhor,
Onde todos os meus irmãos caminham de mãos dadas,
diga-me: por que meu sonho não pode se realizar.
Deve haver paz e compreensão muito breve,
Ventos fortes que motivam a esperança
De empurrar para longe a dúvida e o medo.
Se eu posso sonhar com um sol mais brilhante
Que ilumine a esperança sobre todo o mundo,
Diga-me: acaso não é usual que o sol apareça?
Estamos perdidos numa nuvem espessa de chuva,
Estamos presos num mundo perturbado pela dor.
Mas enquanto um homem tiver forças para sonhar,
Ele pode libertar sua alma e voar.
No fundo do meu coração há uma pergunta ansiosa
Mas estou certo que a resposta virá de alguma forma
Lá fora no escuro há uma vela acenando
E enquanto eu puder pensar, enquanto eu puder falar
Enquanto eu puder ficar em pé, enquanto eu pude andar,
Enquanto eu puder sonhar, por favor
Deixem meu sonho se tornar realidade.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Dê EMMJOS para um ANJO.
Quero lhes falar, assim, já de início, sobre um anjo que caiu do céu. E Deus, na sua infinita bondade, sabedoria e amor, por ventura permitiu o descuido, pois este anjo teria uma grande participação aqui no nosso plano terrestre.
Anjo que emanava cheiro de rosa e assim se fez presente em seu dia a dia. Sempre com coração aberto, com sua meiguice, suas palavras sábias e amiga, foi mulher, foi mãe, foi companheira, foi fiel ao seu destino sempre agradecendo a Deus pelas lágrimas e sorrisos ganhos e conquistados.
E hoje, assim meio encabulada, fico eu aqui pensando em belas palavras pra descrever este anjo que por felicidade da vida conheci. E sinto uma responsabilidade muito grande quando EMMJOS me pede: "faz uma homenagem a minha mãe." Se EMMJOS pudesse imaginar a alegria que me deu, a doçura com que recebi o pedido, o prazer por depositar em minhas mãos tão importante missão. Tenho que declarar que o coração bate a mil, mas do nada em minha frente, vão surgindo de repente pequenas palavras ao lembrar do anjo que me acariciava e sorria nas madrugadas enquanto as tres meninas corriam pelo corredor, rindo sem poder, numa grande brincadeira até a Rosa aparecer e sorrindo também nos fazer calar e junto com nós no quarto murmurar.
A SRA se fez presente, de forma qual a não ser descrita. A melhor maneira de descreve-la seria parar, observar a rosa que nasce tão sorrateira a desabrochar, transfromando-se assim num lindo espetáculo da natureza.
Seu olhar nobre, sua postura de rainha-mãe, sua voz embaladora. Quem não te admirou?
Na sua infinita bondade de amar, ajudar sem olhar a quem, escutar sem condenar, falar sem machucar, sorrir e acolher.
Quantas e quantas vezes, Rosa, eu vi você fazer um pranto e um desespero virar um sorriso e um descanso com sua voz confortadora?
Rosa que todos amaram!
Talvez Rosa, você tenha ido cedo demais deixando assim uma saudade imensa naqueles que simplesmente te conheceram... Mas, por outro lado, Rosa... Imagino comigo que Deus ja estava com muitas saudades do seu anjo.
E há você EMMJOS, que vai levar o legado de tua Rosa, pois é tão parecida com ela... Veja bem minha querida, não fiz como me pedistes, mas espero que em alguma frase, encontre a homenagem que declaro a você e ela ou... declaramos a ela dia após dia, mesmo sem termos a capacidade da inteligência da mulher que passou como uma rosa deixando em cada um de nós seu perfume, sua beleza.
Em você, filha latente de um amor eterno, vejo seus passos trilhando o mesmo caminho do coração de sua Rosa amada, amiga, eterna, pois só você sabe tão bem, que neste bem, o pedaço do amor maior foi ela.
E você disse ontem: "Eu tenho tanto pra lhe falar, mas com palavras não sei dizer... como é grande o meu amor por você! E não ha nada pra comparar, para poder lhe explicar... como é grande o meu amor por você! Nem mesmo o céu ou as estrelas, nem mesmo o mar e o infinito não é maior que o meu amor, nem mais bonito... Me desespero a procurar de alguma forma a lhe falar... como é grande o meu amor por você! Nunca se esqueça nem um segundo que eu tenho amor maior do mundo..."
Saudades de você, Rosa!
Postado por SOHERE LURIA à pedido de EMMJOS.
A semente da semente.
Ao amor que espera a noticia da minha chegada.
Embora a distância ainda seja grande, viajo e percorro as estradas, de dia, de noite, no sol, na chuva, no frio, na tempestade que surgiu, em vezes de luxúria, pôr do sol bruxuleantes, onde o vento acaricia a pele, sopra os cabelos, e ainda assim, mais uma curva, uma subida, outra descida esta por vir. Vidas que cruzam, faróis e carros em direção opostas ou posta a minha frente ou eu correndo "só mais um pouquinho."
Escuridão ou dia de sol, a liberdade em minhas mãos... Liberdade do vento?
Liberdade pelo amor que me espera?
Cruel as vezes são os pensamentos a surgir, imagens do passado, frases que se perderam diante da fúria do poder do vento, frases que me embalam a alma... Poesias destruidas, poetas que se perderam amendrontados em sua dor... Quem não chorou, sofreu ou sorriu é por que com certeza não nasceu.
O futuro incerto logo ali adiante, estranhamente é a sensação de paz em meu ser. Talvez ja passei pela mesma curva a vários minutos e num estado latégico, percorro ainda na mesma busca a hora da chegada... Meu amor me espera?
Quantos amores deixei por ti?
Esta caminhada até você foi fácil?
Inumeras vezes sorrindo eu chorei, buscando me achei, correndo eu vislumbrei os anjos que deixei.
Amor homem, mulher. Amor carnal. Amor pecador.
E quem de nós não amou?
Por isso, por tudo ou amnhã talvez por nada... Impulsiono-me nesta estrada, cada dia mais e mais a espera de um caminho, de um fim, de um chão, onde enfim, respire.
Terra amada!
Vejo-te de longe, sinto sua presença a se entranhar em minhas forças, revigoro o sangue com a mesma cor que te busco, o vermelho desta terra tem o mesmo tom do sangue que corre em minhas veias.
Terra que me viu nascer e por assim crescer, terra de mil amores, terra de fortunas incalculáveis, fortunas que dinheiro nenhum pode comprar... Estou aqui em seu meio, em seu seio, mais uma vez e quantas e quantas assim eu desejar.
É quando me despeço pra de novo partir que sinto a minha dor doar-se a sua dor.
Novamente a estrada que me leva ao meu amor, por tantas e tantas vezes me pergunto: O sol vai brilhar ou a escuridão vai surgir?
Viajo no destino sem destino certo, corro um pouco além do permitido, penso se um dia sentirei realmente que também esta nesta ida, volto pra casa ou pro mundo.
Meu amor esta a me esperar?
Ou quando chegar vou ver de novo a incerteza no seu olhar?
Você realmente entende quando digo que tenho que partir ou apenas espera a tempestade certa pra poder me atingir?
Palavras, palavras, palavras... Um ato sem pensar ou realmente a verdade que esconde no seu mais intimo "eu"?
E, onde esta minha terra?
Esta triste a chorar, pois sabe a tristeza que deposito em você no meu mais simples olhar.
Tem a capacidade de sentir a dor, a aflição, o medo, a saudade, o amor da filha que partiu, que por você existiu.
Terra, divina e fresca, sempre pronta a me receber, seu cheiro levo em minha lembrança até o dia que aqui regressar.
Volto pro lar sem ter você junto a mim, mas em meu sangue. Volto por essas estradas, percorrendo os sonhos, rindo dos momentos, correndo te encontrar... Na garganta ainda a frase...
Meu amor esta a me esperar?
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Meu eu.
Nas madrugadas incertas, apenas sua presença era certa.
Um homem sem rosto, sem gosto. Fazendo assim a imaginação voar nas noites estreladas, nas tempestades do destino, na aurora do dia, nos sorriso que vinha em simbolos.
No entanto, o medo até a angústia por não ter um rosto.
Como seria seu olhar?
Qual era o som de sua voz?
O cheiro de sua pele?
Como seria o homem?
Curiosidade que a fez buscar, incansavelmente, sempre mais uma noite.
E o destino, sorrateiramente ao lado da curiosidade, como amigos inseparaveis, fez em sua frente surgir o homem.
Cheiro de gosto gostoso, suave sua voz... Embora ainda sem um olhar.
O olhar!
Pobre moça ao descobrir que aquele era seu encanto, seu descanso, o amor, a utopia de um encontro.
As estradas a percorrer cheia de atalhos, curvas pra se perder num precipicio ali adiante, fizeram a certeza crescer e favorecer a firmeza de um eterno e pra sempre amor.
Hoje, diante de você, vejo o mesmo olhar, a mesma paz , me alegro ao constatar o mesmo sorriso a brincarm em seu lábios. A mão que me acaricia é suave, seu toque é quente, assim como no primeiro encontro. Os lábios ainda me buscam com a mesma paixão, trilhando em mim um rastro, deixando seu rastro, me conhecendo mais uma vez, como se assim fosse a primeira vez... E a,manhã a mesma saudade, a mesma paixão de novo a explodir em meu coração. Apenas me entregando me sinto inteira, levada por suas mãos, conheço enfim o meu caminho.
Em seus braços o aconchego, descanso e me canso, me permito ser criança, ser mimada, ser amada, sou mulher a te buscar e assim a te encontrar na mesma busca de me achar. No encontro dos corpos, sinto algo presente, maior que o amor latente, talvez o encontro de almas que se encontram em algum canto, onde caminham de mãos dadas em verdes campos, deixando assim a matéria, visitamos as estrelas, precorremos céus, terras, mares, sempre num amor infinito criado por nós ou que o destino nos criou, presenteando-nos com o sentimento puro de corações e almas.
O amor!
Veio sem rosto, sem cheiro, sem gosto... O amor!
O destino que nos uniu, preserva em si a doce chave da felicidade de almas gêmeas!
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Flores ao vento...
Eu te amei...
Assim como ninguem!
Eu sorri em cada chegada sua, eu me despedi com tristeza, eu chorei a sua ausência.
Sózinha a te esperar, sem poder, sem ter...
Aquele amor!
Foi apenas um sonho?
Acordei e me encontrei só...
Onde sonhei, quando vivi?
E, se ao menos o vento voltasse a soprar, mesmo com fúria...
Se trouxesse a tua paz, o calor de teu olhar.
Doce, imatura alma... sózinha neste vasto mundo a percorrer,
Triste é a saudade que sente, talvez mais triste do frio que lhe percorre a alma...
Alma pecadora por sonhar demais, suas lágrimas são o gozo do teu sono.
Dos teus lábios, apenas o murmúrio de um nome!
O nome que não declarou, mas por demais amou!
Corre alma pecadora!
Não olhe para trás...
As lágrimas escorrem, o coração apertado no peito... Corre!
Em busca de refúgio, esconda-se...
Talvez de você mesma!
Cale-se e sinta sózinha a dor do amor!
Corre...
Chore...
Busque-se...
Encontre sua alma perdida... Encontre sua paz!
Eu te amei...
Assim como ninguem!
Eu sorri em cada chegada sua, eu me despedi com tristeza, eu chorei a sua ausência.
Sózinha a te esperar, sem poder, sem ter...
Aquele amor!
Foi apenas um sonho?
Acordei e me encontrei só...
Onde sonhei, quando vivi?
E, se ao menos o vento voltasse a soprar, mesmo com fúria...
Se trouxesse a tua paz, o calor de teu olhar.
Doce, imatura alma... sózinha neste vasto mundo a percorrer,
Triste é a saudade que sente, talvez mais triste do frio que lhe percorre a alma...
Alma pecadora por sonhar demais, suas lágrimas são o gozo do teu sono.
Dos teus lábios, apenas o murmúrio de um nome!
O nome que não declarou, mas por demais amou!
Corre alma pecadora!
Não olhe para trás...
As lágrimas escorrem, o coração apertado no peito... Corre!
Em busca de refúgio, esconda-se...
Talvez de você mesma!
Cale-se e sinta sózinha a dor do amor!
Corre...
Chore...
Busque-se...
Encontre sua alma perdida... Encontre sua paz!
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